domingo, 5 de março de 2017

Sinais e Sintomas - Anemia Falciforme



Além dos sintomas comuns de qualquer outro tipo de anemia, como cansaço, palidez e sono, a anemia falciforme produz outros sintomas característicos, como:
  • Anemia, porque os glóbulos vermelhos, devido ao seu aspeto em forma de foice, "morrem" mais rapidamente, ocorrendo diminuição do transporte de oxigênio e nutrientes;
  • Cansaço e palidez por causa da redução de oxigênio e nutrientes no cérebro e no resto do corpo;
  • Dores nos ossos, músculos e articulações porque o oxigênio chega em menor quantidade;
  • Mãos e pés inchados, pois o sangue tem maior dificuldade em chegar às extremidades;
  • Infecções frequentes porque os glóbulos vermelhos podem danificar o baço, que ajuda a combater as infecções;
  • Retardo no crescimento e atraso da puberdade, pois os glóbulos vermelhos da anemia falciforme fornecem menos oxigênio e nutrientes para o corpo crescer e se desenvolver;
  • Olhos e pele amarelados devido ao fato dos glóbulos vermelhos "morrerem" mais rapidamente e, por isso, o pigmento bilirrubina se acumular no organismo causando a cor amarelada na pele e olhos
Estes sintomas aparecem, geralmente, após os 4 meses de idade. 

Diagnóstico: 
Geralmente é feito através do teste do pezinho nos primeiros dias de vida do bebê. Este exame verifica a presença da hemoglobina S e a sua concentração porque resultado até 45% indica apenas o traço falciforme, e estes bebês não desenvolvem os sintomas, nem precisam de tratamento, enquanto que os resultados acima de 45% indicam a anemia falciforme.
O diagnostico da anemia falciforme também pode ser feito através do hemograma em crianças que não realizaram o teste do pezinho ao nascer.
Também pode ser diagnosticada antes do nascimento do bebê, através da amniocentese ou da biópsia do vilo corial, por exemplo.

Anemia Falciforme

A anemia falciforme é causada por uma alteração genética, no formato das células das hemácias, que é diagnosticada no teste do pezinho, diminuindo a sua capacidade de transportar oxigênio para as células do corpo gerando sintomas como dor generalizada, fraqueza e apatia.
Nas pessoas com anemia falciforme, as hemácias não são redondas, mas em forma de foice ou meia lua, que tem mais dificuldade em passar pelas veias e por isso podem levar ao entupimento destas e muitas dores, especialmente nos ossos.
A anemia falciforme é mais comum em descendentes de africanos, mas devido a miscigenação do Brasil os brancos também podem ser afetados. Seus sintomas podem ser controlados com o uso de remédios, mas este tipo de anemia tem cura apenas com o transplante de medula óssea e deve ser tratada por toda a vida para diminuir o risco de complicações que podem levar a morte.

Causas: 
As causas da anemia falciforme são genéticas, ou seja, passa de pai para filho. Isso significa que sempre que uma pessoa é diagnosticada com a doença, possui o gene SS que herdou dos pais. Embora os pais possam parecer saudáveis, se o pai e a mãe possuírem o gene AS, existe chance do filho ter a doença.

Tratamento: 
O tratamento para anemia falciforme é feito com o uso de medicamentos e em alguns casos pode ser necessário a transfusão sanguínea.
Os medicamentos utilizados são principalmente penicilina nas crianças desde os 2 meses até aos 5 anos de idade, para evitar o aparecimento de complicações como a pneumonia, por exemplo. Além disso, podem também ser utilizados remédios analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor durante uma crise e inclusive usar máscara de oxigênio para aumentar a quantidade de oxigênio no sangue e facilitar a respiração.

Complicações
  • Inflamação das articulações das mãos e dos pés que deixa-os inchados e muito doloridos e deformados;
  • Aumento do risco de infecções devido ao comprometimento do baço, que não irá filtrar o sangue devidamente, permitindo assim a presença de vírus e bactérias no corpo;
  • Aumento da frequência urinária, é comum a urina ser mais escura e a criança fazer xixi na cama até a adolescência;
  • Feridas nas pernas que são de difícil cura e que necessitam de curativos 2 vezes ao dia;
  • Comprometimento do fígado que se manifesta através de sintomas como cor amarelada nos olhos e na pele, mas que não é hepatite;
  • Pedras na vesícula;
  • Diminuição da visão, cicatrizes, manchas e estrias nos olhos, em alguns casos pode levar à cegueira;
  • AVC, devido a dificuldade do sangue em irrigar o cérebro.
As transfusões de sangue também podem fazer parte do tratamento, para aumentar o número de glóbulos vermelhos na circulação, sendo que apenas o transplante de medula óssea oferece a única cura potencial para a anemia falciforme, porém pode ser difícil encontrar um doador.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

ECG e suas derivações.



A atividade elétrica do coração é captada através de eletrodos posicionados em determinados pontos da superfície corporal.

A derivação é uma linha que une eletricamente os eletrodos ao aparelho de eletrocardiograma. Há a derivação bipolar, quando o potencial é captado por dois eletrodos e unipolar quando o potencial é captado por apenas um eletrodo, uma vez que o segundo esteja posicionado em um ponto eletricamente neutro.

O coração é estudado através de dois planos elétricos principais, o plano horizontal e o plano frontal.

As derivações do plano horizontal são as precordiais, resultante de um “corte elétrico” do coração no sentido anteroposterior. São determinadas através de seis derivações unipolares posicionadas na face anterior do tórax e denominadas por seis derivações unipolares posicionadas na face anterior do tórax e denominadas V1, V2, V3, V4, V5 e V6. Podemos identificar nesse plano a direção de um vetor cardíaco, como por exemplo, para a esquerda ou direita e para frente ou para trás.

Para obter estas seis derivações precordiais ou torácicas, um eletrodo positivo é posicionado em seis posições diferentes ao redor do tórax do paciente.

Em todas as derivações torácicas ou precordiais, o eletrodo explorador posicionado no tórax é positivo. As derivações precordiais numeradas de V1 a V6 se movem do lado direito para o lado esquerdo do paciente, cobrindo o coração em sua posição anatômica. Essas derivações se projetam do nódulo atrioventricular em direção ao dorso do paciente, pois o polo negativo localiza-se nessa região.

As derivações precordiais são localizadas da seguinte forma:

🔹V1: localizada no 4º espaço intercostal direito na linha paraesternal;
🔹V2: localizada no 4º espaço intercostal esquerdo na linha paraesternal;
🔹V3: localizada entre as derivações V2 e V4;
🔹V4: localizada no 5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular;
🔹V5: localizada no 5º espaço intercostal esquerdo na linha axilar anterior;
🔹V6: localizada no 5º espaço intercostal esquerdo na linha axilar média.

O traçado do eletrocardiograma mostrará as modificações progressivas de V1 a V6. Essas mudanças são graduais à medida que a posição de cada derivação variar.

As derivações V1 e V2 estão localizadas sobre o lado direito do coração e são chamadas de derivações precordiais direitas.

As derivações precordiais V4 e V5 se localizam sobre o septo interventricular, que é uma parede comum ao ventrículo direito e ao ventrículo esquerdo.

As derivações V5 e V6 estão localizadas sobre o lado esquerdo do coração e chamam-se derivações precordiais esquerdas.

Os quatro vetores cardíacos da ativação ventricular determinam nas derivações precordiais, deflexões com padrões mais ou menos constantes. Portanto, as ondas normais registradas nestas derivações são:

🔹Em V1-V2: pequena positividade seguida de grande negatividade;
🔹Em V3-V4: tendência de ser isodifásica com a fase inicial positiva;
🔹Em V5-V6: pequena negatividade inicial, grande positividade, podendo ou não haver pequena negatividade terminal.

A atividade elétrica gerada durante o ciclo cardíaco é caracterizada por cinco deflexões distintas, denominadas de ondas eletrocardiográficas, as quais são designadas pelas letras “P”, “Q”, “R”, “S” e “T”. Estas letras foram arbitrariamente selecionadas e não tem qualquer outro significado. 


🔺Crédito na foto. 🔺

Mapa mental - Sistema Tegumentar.


Créditos na foto.

Mapa mental - Planos Anatômicos.


Créditos na foto.

Mapa Mental - Ossos.